quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Seja Quente ou Seja Frio, Não Seja Morno.



Vivemos em uma sociedade em que tudo que nos é oferecido aceitamos prontamente, não temos a coragem de dizer “NÃO”, com medo de nos tornarmos estranhos ou alheios a atualidade, nos colocamos, às vezes, de encontro até mesmo com a nossa essência, graças ao desejo de ter respeito social, e, assim não nos definimos perante Deus.

Ao longo de nosso desenvolvimento, somos anestesiados pelas verdades que nos são colocadas diariamente, seja em uma roda de amigo, seja pela televisão, leituras em diversas fontes ou acontecimentos que presenciamos; aos poucos, em virtude de observamos que uma maioria aceita determinado pensamento e age de determinada maneira, aceitamos estas condições em troca de não nos tornarmos diferentes.

Logo, passamos a defender o aborto, pois não reconhecemos vida em um ser que por alguma razão não conseguiu se desenvolver a ponto de se tornar idêntico a todos; nos manifestamos contrários ao desarmamento, haja vista que devo por mim mesmo defender a vida, pois o governo não o faz; não aceito a casstidade, pois senão me torno alheio ao avanço da sensualidade e sexualidade; não necessito ser santo pois esta figura passou a ser mero folclore criado pela igreja, e, não preciso mais ser Católico/Cristão, não acredito em Deus e na providência divina, pois posso tudo com as minhas próprias forças. Infelizmente este tem sido o caminho que nós jovens enveredamos por conta de uma sociedade liberalista e atéia.

Se analisarmos bem, descobrimos que tudo que a mãe igreja nos ensina e defende, a sociedade atual refuta, pois vai de encontro aos seus interesses. Se a igreja prega o desarmamento, a mídia mostra inúmeros homicídios para que acreditemos que não existe outra solução para o crime, senão fazermos justiça com as próprias mãos. O sociólogo Pedrinho Guareschi, em um dos seus escritos disse que a mídia veicula aquilo que lhe dá audiência, ou seja, se ela recebe 100 noticias e 85 são boas e 15 ruins, em virtude do desastre dar mais audiência, ela publica 8 ruins e 2 boas, nos levando a crer que só acontecem coisas ruins, nos enganando e levando a crer que não acontece nada de bom na sociedade.

Se a mãe Igreja ensina que devemos esquecer os bens que passam (dinheiro, luxuria), para buscarmos o que não passa (a salvação), o capitalismo demonstra que dinheiro é tudo e que inevitavelmente devemos ter e adquirir mais, para sermos felizes, assim, percebemos as crescentes campanhas apelativas de solução das dívidas e problemas financeiros através do auxílio de Deus, ou seja, buscamos a Deus para ser o auxiliador na busca daquilo que passa, e, esquecemos da verdadeiro ensinamento de Cristo “Aspirai as coisas do alto e busquemos os bens que não passam”(parafraseando).

Se a Igreja nos ensina que Deus é o único que pode encher o nosso vazio existencial com amor, o mundo nos ensina que o “pote do amor” não possui conteúdo correto para ser preenchido e então podemos preenchê-los com outros amores, a exemplo o sexo, as drogas os vícios.

Por isso, nos tornamos anestesiados, pois o mal é muito dedicado em sua missão de nos tirar do caminho, e, nós somos pouco dedicados em permanecer no caminho e buscar a outros para caminhar conosco. Preferimos ficar em uma zona de conforto, no meio da ponte que sobrepõe o abismo existente entre, seguir a Deus ou viver o Mundo. Ou seja, ora estou na Igreja e vivo a igreja e ora estou no mundo e não largo as vicissitudes do mundo.

É duro pensar assim, mas aceitamos ser católicos mais ou menos, viver uma santidade mais ou menos e ser um apóstolo mais ou menos, mas, parafraseando o versículo no inicio deste texto, “Ou você é quente ou você é frio, se morno, Deus vomita”.

Que possamos juntos pedir a Deus que nos torne católicos / Cristãos plenos, que aspiremos as coisas que não passam e não nos apeguemos àquelas que o tempo enferruja e que as traças consomem, que busquemos em Deus o auxílio às nossas fraqueza, que nos dê forças de aceitar a ser uma minoria, mas uma minoria que busca e acredita que em Deus possamos nos tornar a maioria, e, principalmente, que nunca possamos tirar os olhos de Cristo, pois quando temos os olhos neles não nos apaixonamos por falsos amores, e, ainda, mesmo se errarmos, sabemos onde buscamos a nossa redenção.

Que Deus nos abençoe!

            “E que se formos a minoria, somos a melhor e mais forte minoria existente, pois temos a Deus”.

PENSE NISSO!

= )

Lucas Ribeiro Fernandes Maia
FONTE: http://catolicosjovens.blogspot.com.br/2012/08/anestesiados.html

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