Nessa perspectiva, o presente artigo é dedicado não
somente aos adolescentes, mas aos pais, professores, catequistas,
produtores de propagandas, enfim, a todos que, direta ou indiretamente,
estarão influenciando na formação desta galera cheia de virtudes e de
problemas.
O QUE É LIBERDADE SEXUAL?
Quem já não ouviu dos pais ou dos avós a frase: “Ah,
no meu tempo não era assim. Naquele tempo a gente se dava as mãos só
depois de muito tempo”. Mas a galera jovem não dá mais muita atenção e
valor a essas exigências de outros tempos. A revolução sexual, dos
últimos 30 anos é, para os mais conservadores, um desconforto sem
medida.
Dificilmente chegam a entender e, muito menos, a
aprovar a igualdade das mulheres no campo sexual, a homossexualidade que
se tornou pública, inclusive com a possibilidade de se casarem, a
nudez, a pornografia cinematográfica e tantas outras mudanças. Estas
mudanças, no entanto, do ponto de vista da sociedade, seriam sinal de
uma geração mais esclarecida, sem preconceitos e livre da “moral
opressora”. Será verdade?
Para se entender bem o termo “Liberdade Sexual”, é
necessário compreender a necessidade que as pessoas sentiram em soltar
as rédeas da moral e da tradição, consideradas injustas e repressoras. A
partir deste pensamento, o grande show de rock de 1969, o Woodstock,
foi o marco inicial para se afirmar: “Queremos paz e amor”. Acreditavam,
e a sociedade moderna quase que consagrou, que qualquer norma, regra ou
comportamento que coíbe deve ser banido.
ESTAMOS MAIS MADUROS?
Com tantas mudanças que ocorreram no campo da
sexualidade, é de se perguntar: Estamos mais maduros sexualmente? A
resposta pode ser sim e não.
? Sim: pelo espaço que a mulher moderna conquistou,
pela facilidade em que se tratam de assuntos ligados ao sexo, pelos
estudos e compreensão dos desvios de comportamento sexual, etc.
? Não: porque crianças de 12 anos já estão iniciando
sua vida sexual, relações que não passam de meras aventuras. A liberdade
está passando à libertinagem.
Nossa sociedade parece um “adolescente” impulsionado
pelas paixões que não respeita nem mais as próprias leis da natureza. O
resultado está visível nos 12 milhões de casos de DST (Doença
Sexualmente Transmissível) ao ano.
Outro dado não menos preocupante é a crescente
incidência da AIDS na faixa etária de 13 a 19 anos do sexo feminino.
Isso é devido também ao início precoce da atividade sexual com homens
com maior experiência sexual e mais expostos aos riscos de contaminação
por DST e pela AIDS.
APRENDENDO A FAZER SEXO NA ESCOLA
A mãe pergunta: “Oi filha, o que você aprendeu hoje
na escola?” Responde a filha: “Aprendi a fazer sexo, mãe!”. Parece
brincadeira, mas não é. Há um raciocínio hoje de que devemos falar a
língua do adolescente e parece interessante desde que não se diga coisas
que moralmente são erradas. Falar a língua do adolescente não significa
aprovar tudo o que ele reivindica. A experiência neste caso conta, e
muito.
É preciso alertar os adolescentes e jovens sobre os
perigos de uma gravidez precoce, do contágio de doenças sexualmente
transmissíveis, do perigo da AIDS, da frustração amorosa e suas
conseqüências. É preciso ter claro que sexo não é somente uma questão de
informação, mas muito mais de maturidade.
Muitas escolas já compreenderam esta realidade e
apresentam uma “Educação Sexual” mais equilibrada, levando em conta a
liberdade sexual, mas também a imaturidade em que se encontram estes
nossos amigos em formação.
DIÁLOGO EM F FAMÍLIA
Numa época em que pais deixaram de ser apenas
genitores, ainda encontramos filhos que são educados somente pelas mãos
do Estado. A família, e não só os pais, devem ser os primeiros
responsáveis pelo amadurecimento sexual de seus adolescentes. Sem
forçar, o diálogo apresenta aquilo que é bom sem medo de ser retrógrado.
Este é o melhor caminho.
Um exemplo: se estiverem assistindo a um programa de
televisão e aparecer uma cena de sexo, coloquem para o adolescente o que
a sua fé lhe propõe, em que vocês acreditam e dêem pistas de como ele
pode encarar essa realidade diante dos amigos e da sociedade. Uma
recente pesquisa revela que muitas mães e muitos pais ainda encontram
dificuldade para falar sobre sexo com os filhos.
Os jovens e adolescentes também sentem-se
constrangidos na hora da conversa. Há exceções: Há lugares como Rio de
Janeiro e Porto Alegre que já avançaram muito. Lá, pais e professores
conseguiram aproximar-se bastante dos jovens e adolescentes. Sabemos que
você pode achar todo este papo chato e dizer que o assunto é muito mais
simples do que parece. Mas sabe por que você pensa assim?
Não é porque você não é inteligente, muito pelo
contrário, você é esperto até demais para sua idade. O problema é que
você não está preparado para as responsabilidades de uma vida adulta:
filhos, compromissos matrimoniais e situações de uma relação amorosa
complicada. Nós, os adultos, que iniciamos todo este movimento de
revolução sexual, começamos a notar, não muito tempo depois, as
conseqüências disso tudo.
O sexo casual era legal na teoria, mas para a maioria
de nós não parecia funcionar. Abortos de fundo de quintal, corações
partidos, drogas para impedir a dor e um implacável sentimento de
desilusão costumavam ser os terríveis resultados. Comida de lanchonete é
rápida, está à mão e tem aparência melhor do que o sabor.
Da mesma maneira que uma comida de qualidade demanda
tempo e cuidado, o amor de qualidade exige bom conhecimento de seu
parceiro como pessoa. Pode parecer retrógrado, mas a mensagem
cristã-católica, de propor o sexo somente após o casamento, é a opção
mais responsável para uma adolescência e juventude saudável e madura.
Pensem nisso!
Fonte: Missão Jovem
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